Pense nisso antes de casar!

Pense nisso antes de casar!

Muitas pessoas reclamam que não deram sorte no casamento, que são infelizes. Mas é exatamente esse o problema, elas dependeram da sorte.

A experiência do casamento é construída na fase de namoro.

Mas, o que é o namoro?

Pra grande maioria das pessoas, o namoro é um período de curtição, de festa. Querem aproveitar ao máximo a companhia do outro para viver todas as alegrias desse encontro, ao mesmo tempo em que fazem “vista grossa” para todos os defeitos que a pessoa possa ter.

Não existe problema algum em querer curtir o momento, mas o namoro deve ser aproveitado também como um laboratório, um estágio. É nessa oportunidade que eu vou viver situações que me permitem conhecer o outro o máximo que eu puder.

É a chance que eu tenho de estudar a pessoa com quem estou me relacionando para analisar qual é o grau de compatibilidade que nós temos.

Fica o registro: compatibilidade é o grande fator de felicidade.

Essa compatibilidade existe em diferentes níveis, de acordo com as características de cada um. E pra eu verificar essa compatibilidade, se eu tiver “olhos de ver”, não preciso namorar dois, três anos pra descobrir.

É necessário enxergar aquilo que a pessoa não me mostra. Observar suas reações espontâneas, seu comportamento natural.

Se uma mulher disser que está encantada com um homem que acabou de conhecer porque, quando eles saíram pra jantar, ele abriu a porta do carro pra ela…, esse comportamento me diz zero a respeito desse homem. Porque isso é o tipo de coisa calculada, pra conquistar, pra impressionar. Por outro lado, se em situações espontâneas, se nas suas reações automáticas esse homem também é gentil e educado, isso é diferente. Nesse caso eu posso começar a pensar que essa é uma característica do seu caráter.

Por isso, enxergar aquilo que a pessoa me mostra é pouco. Eu preciso enxergar o que ela não me mostra.

Uma amostra de comportamento é muito valiosa, porque a amostra fala do todo.

Se a Coca-Cola lançar um novo sabor de refrigerante, Coca-Cola de abacaxi por exemplo, eu não preciso beber três litros dessa Coca pra saber se é boa ou não. Uma tampinha já é suficiente pra eu avaliar o refrigerante.

A psicologia sabe disso.

Muitas empresas, quando vão contratar um funcionário, fazem a chamada “avaliação psicológica”, que normalmente consiste em aplicação de testes, dinâmicas de grupo e entrevistas.

Em todas essas situações o que o psicólogo está fazendo?

Ele está coletando amostras de comportamento. E a partir dessas amostras ele vai fazer inferências a respeito do todo. Depois que um candidato é selecionado, ele começa a trabalhar. Mas a empresa tem três meses para avaliá-lo. Durante esses três meses ela pode demiti-lo sem pagar determinados encargos trabalhistas.

O que são esses três meses? É o namoro.

Durante esse período a empresa vai “namorar” o funcionário, vai avaliá-lo. Se ao final desse período ela gostar do seu trabalho, então eles se “casam”, ou seja, aquele funcionário vai ser efetivado.

As pessoas deveriam aprender a fazer isso também em seus relacionamentos.

Aproveitar o namoro com mais sabedoria.

Quais são as consequências de um relacionamento com alto grau de incompatibilidade?

Quanto maior a incompatibilidade, maior a necessidade de negociação. Maior a necessidade de fazer sacrifícios.

Costumo dizer que um casamento é uma micro democracia. Ninguém tem o poder absoluto. Não é como numa monarquia ou numa ditadura. Os direitos são iguais, os deveres são iguais.

Tomemos o seguinte exemplo: Vamos supor que eu amo praia. E sempre que tiro férias, não tenho dúvidas, vou pra praia. Mas estou casado com uma pessoa que não curte isso. Foge do sal do mar e do sol quente. Uma pessoa urbana que gosta de conhecer cidades. E chega o momento em que nós vamos tirar férias juntos. 

É natural que eu queira escolher algum roteiro litorâneo, mas minha esposa opta por Nova Iorque. Acontece que nos dois últimos anos ela foi pra praia comigo. Como ficaria o relacionamento se eu a submetesse todas as vezes às minhas vontades? 

A vontade dela precisa ser considerada e, nessa hora, eu tenho que ceder. Ela também tem o direito de escolher o roteiro das férias. Então, viajar pra uma cidade grande como Nova Iorque pra mim, nesse exemplo, seria um sacrifício. Eu teria que abrir mão de curtir um contexto mais de natureza, com um objetivo de relaxar, pra agradar minha esposa num contexto de cidade, pra conhecer pontos turísticos e fazer compras.

E por que eu teria que fazer esse sacrifício? Porque nas duas últimas viagens de férias ela foi pra praia comigo, encarando o sal e o sol. Como falei anteriormente, é uma micro democracia.

E essas incompatibilidades se referem a tudo. Uma pessoa mais caseira com outra mais festeira. Uma que gosta de chamar os amigos e a família pra ficar junto no final de semana com outra que gosta de ficar sossegada, só ela e o marido. Uma mais espiritualista com outra materialista.

O grau de incompatibilidade varia muito. Quanto mais incompatibilidade, mais sacrifício. Mais disposição pra negociar. Num relacionamento de pessoas com grande afinidade é mais fácil nesse sentido, existe menos necessidade de negociação se os interesses são compatíveis.

Existe aquele ditado que diz que os opostos se atraem. Sim, os opostos até podem se atrair… para sofrer!

Porque se são opostos, vão ter que negociar tudo.

E, se a pessoa tem dificuldade de fazer sacrifícios, pode abrir espaço pra grandes frustrações.

Existem duas maneiras de buscar essa compatibilidade: (1) Encontrar alguém previamente compatível. (2) Ou conhecer uma pessoa incompatível e passar o resto da vida tentando mudá-la.

Nesse segundo exemplo casa-se com um projeto. Ou seja, eu não aceito a pessoa do jeito que ela é, mas tudo bem, vou dizer, depois que a gente casar ela melhora, eu vou ajuda-la.

Isso é um risco enorme, porque ninguém muda ninguém.

As pessoas mudam se é um desejo próprio, uma vontade de dentro pra fora.

Eu costumo fazer uma analogia com comprar uma roupa. A mulher encontra um vestido maravilhoso na loja. Uma estampa bacana. Mas só tem tamanho GG e ela veste M. Ela pode até comprar e depois levar na costureira. A costureira vai cortar, costurar, remendar e dificilmente vai ficar bom. Sempre vai ter um ponto que vai ficar pegando.

Eu vejo muito isso quando trato casais em terapia. Por mais que uma pessoa muda, fica aquela sensação que nunca é o bastante. Então, se é complicado fazer remendos, o ideal seria encontrar uma roupa com uma estampa bacana e tamanho M.

Isso depende de como eu inicio meus relacionamentos.

Quase cem por cento das pessoas criam vínculos afetivos por “tentativa e erro”. Um encontro casual numa festa e um beijo no fim da noite. Trocam-se os telefones e marca-se um novo encontro. Outro beijo acontece e a combinação de um novo encontro. Depois de um tempo estão namorando. Após um ano juntos irão começar a conhecer um pouco mais sobre o outro, quando já tiverem construído um vínculo, e pode ser que descubram que se vincularam a uma furada…

Romper um relacionamento depois que um vínculo já foi estabelecido não é fácil. É muito comum as pessoas seguirem adiante numa relação insatisfatória por comodismo, pelo trabalho que daria desfazer uma união com tantas coisas envolvidas. A pessoa já foi apresentada à família, aos amigos, aos enteados (quando é o caso) e, às vezes, já até adquiriram algum bem em comum. Se terminar um namoro costuma já não ser tão simples, imaginem um casamento… um casamento com filhos…

Existe então alguma maneira alternativa ao método de tentativa e erro?

Sim.

Uma alternativa a esse processo é outro mais inteligente baseado em critérios de seleção.

Antes que haja qualquer reação contrária ao que vou dizer, irei abrir um parênteses. Critérios de seleção não excluem o coração, apenas coloca-o para conversar com o cérebro. Não é um processo frio e calculista, que isso fique claro.

A química e a emoção sentida no encontro amoroso são válidas, mas a razão também.

Quem se deixa levar exclusivamente pelo coração costuma se dar mal.

“Amiga, eu conheci um homem maravilhoso e estou apaixonada. Não consigo nem dormir direito de tanta vontade de estar com ele. Só tem um pequeno detalhe… ele é casado e tem 3 filhos pequenos. E tem um pequeno probleminha de alcoolismo, o que não incomoda. 

Só me preocupa um pouco que às vezes quando ele bebe ele fica agressivo. Parece até que bate na esposa. 

Amiga, mas ele é lindo! Eu não sei o que faço!”. E qual o conselho que a amiga vai dar? “Amiga, segue o seu coração!”

Então a pessoa come um quilo de moscas e depois reclama: “Ah, fui iludida!

Foi iludida porque optou por uma cegueira voluntária.

Pode ser diferente.

O que são critérios de seleção? Como isso funciona?

Os critérios de seleção podem ser eliminatórios e classificatórios. Pra grande maioria das pessoas, salvo os adolescentes, esses critérios de seleção já existem. É preciso somente se conscientizar deles. 

Eles são criados a partir de relacionamentos anteriores ou da observação da situação alheia. Um critério eliminatório é uma característica, um comportamento, um traço de personalidade que eu não aceito, que eu não consigo administrar. Um único critério eliminatório pode azedar o relacionamento inteiro. 

Na minha experiência de consultório, um exemplo de critério eliminatório muito comum que tenho visto para as mulheres é o alcoolismo. Já conheci mulheres que quando o marido bebia era a morte. Aquilo as aborrecia intensamente. Elas ficavam doentes com isso. E para o homem, a questão que é mais frequente é o ciúmes doentio. Já vi muito ciúmes doentio acabar com relacionamentos.

Mas as pessoas não fazem essa análise. Na verdade, elas não fazem uma autoanálise pra entender que tipo de personalidade, que perfil de pessoa é compatível com o dela.

Lembro-me de um casal que atendi. O homem era extremamente carente. Casou-se com uma mulher seca igual deserto. Era um sofrimento sem fim. O sujeito se afogava num mar de frustração e de raiva, porque queria atenção, queria carinho e não recebia de jeito nenhum. Quando conhecia uma mulher meiga, mais carinhosa e atenciosa, a única coisa que ele podia fazer era sonhar e se lamentar.

Então, se eu faço muita questão de afeto, se gosto de beijos e abraços, isso tem que ser levado em conta quando alguém cruzar o meu caminho. Eu posso colocar a frieza e a secura como um critério eliminatório.

E os critérios classificatórios?

Os critérios classificatórios são questões mais ligadas à afinidade. Elas não eliminam. Mas a pessoa pode ganhar ou perder ponto. Gosto musical, hobbies, programas de televisão, são alguns exemplos de fatores de afinidade importantes, mas inofensivos. Não faz muito sentido entrar pra lista de critérios eliminatórios.

Quanto mais afinidade, quanto mais gostos em comum, maior a compatibilidade.

E já foi abordada a importância disso.

Agora, um detalhe. Critério classificatório não elimina. Mas se eu conheço uma pessoa com quem não tenho afinidade em nada, ou seja, vários critérios classificatórios são divergentes, isso pode virar um fator eliminatório. A pessoa não tem grandes problemas de comportamento, mas também não tem afinidade nenhuma comigo.

Eu gosto de ecoturismo, ela gosta de cidade grande.

Eu gosto de rock, ela gosta de axé.

Eu gosto de filme, ela gosta de novela.

E por aí vai…

Se numa escala de 0 a 100 em questões de afinidade a pessoa faz oito pontos, fica difícil. Tenho plena consciência do desafio que é usar esse entendimento na prática. Por exemplo, quanto maior for a lista de critérios eliminatórios de uma pessoa, maior a dificuldade de encontrar alguém de acordo.

E não pára por aí.

Essa pessoa tem que ser aprovada pelos meus critérios, estar disponível, e ser recíproco.

Eu encontro a pessoal ideal, mas ela é casada.

Eu encontro a pessoal ideal e ela está solteira, mas não é recíproco, ela não está nem aí pra mim.

Não é fácil não é mesmo?

Quanto mais amplo for o círculo social de uma pessoa, maior a probabilidade de encontrar essa jóia. Porque se eu quero encontrar um diamante rosa, mas minha área de garimpo é três metros de rio, a chance de encontrar esse diamante é próxima de zero. Basicamente só vou topar com cascalho. Se eu quero uma jóia tão rara e difícil, eu tenho que pegar o caminhão e peneirar uma montanha inteira. Se isso é inviável pra minha realidade, pode ser que eu não encontre um diamante rosa, mas encontre um rubi, uma esmeralda. Coisas melhores que cascalho.

Na minha experiência como terapeuta de casais, tenho observado que a personalidade é a questão chave que deve ser analisada. Porque é muito comum as pessoas estabelecerem o que eu chamo de pseudocritérios, ou falsos critérios.

Comecei a aprofundar nesse assunto depois que atendi um casal muitos anos atrás. Eu era praticamente recém-formado. Nunca vou me esquecer do grau de amargura que existia no homem. Eles eram jovens e completamente sem vida, tamanha a frustração que sentiam no casamento. Uma completa falta de prazer na convivência.

Um dia, atendendo a mulher separadamente, numa consulta individual, eu quis compreender como os dois tomaram essa decisão de se casar sendo tão incompatíveis.

E ela me disse:

“Hayslam, você se lembra como minha infância foi difícil? As dificuldades financeiras que experimentei na juventude, com minha mãe sempre em apuros?”

“Sim, me lembro”, respondi.

“Então. Eu prometi pra mim mesma que nunca mais passaria por isso. Coloquei na cabeça que só casaria com um homem concursado”.

Ela conheceu o homem que seria seu marido, descobriu que ele era concursado e se casou!

Não posso dizer qual era a profissão dele, mas ele ganhava pouquíssimo! E eles não tinham nada a ver um com o outro.

Isso é o que eu chamo de pseudocritério. Existe um critério, mas ele é falso.

Pra algumas mulheres qualquer homem serve, elas só não querem “ficar pra titia”. Vítimas dos preconceitos ainda tão presentes em nossa sociedade.

Antigamente era muito comum a mulher se casar pra sair da opressão do pai. O importante era sair de casa rápido. E a ironia do destino é que muitas dessas mulheres acabaram se casando com homens opressores.

Costumo dizer que pra uma pessoa se casar com outra ela precisa cumprir uma única condição. Ser capaz de olhar a outra nos olhos e dizer:

“Eu te aceito, do jeito que você é. A pessoa que você é hoje eu consigo conviver com ela pro resto da minha vida. Se você mudar pra melhor, ótimo! É um bônus que eu vou ter. Mas se você não mudar, tudo bem, eu te aceito”.

Consegue falar isso? Pode casar.

Muitas pessoas não aceitam o outro como ele é e se casam. E aí qual vai ser o passatempo preferido dessa criatura? Ficar tentando consertar a outra sem parar. Ficar tentando moldar o cônjuge às suas expectativas. Aí é uma luta sem fim.

E por fim, eu gostaria de falar sobre uma questão que é muito importante compreendermos: a influência da paixão em todo esse processo que estamos analisando.

A paixão afeta enormemente a razão. É a “droga” mais poderosa que existe. Se uma pessoa tomar um pileque daqueles, uma cachaça da boa, ela ficará embriagada por umas dez, doze horas. Se fumar maconha, vai chapar por umas quatro horas. Se fumar uma pedra de crack, fica chapado por uns trinta minutos.

A paixão chapa por até dois anos!

Nada se compara a isso.

O exemplo mais incrível que eu já ouvi sobre o efeito da paixão foi de uma paciente mulher contando que, quando ela namorava o homem que hoje é seu marido, quando eles combinavam de sair e ela ficava esperando ele passar pra buscá-la, o queixo dela tremia. O queixo chegava a tremer! Isso é muito interessante.

Então a paixão cria esse estado alterado de consciência. E é nesse estado que as pessoas aceitam tudo. Nenhum defeito, nenhum comportamento do outro é problema.

Eu conheço uma pessoa que bebe feito um opala. Um dia ele conheceu uma mulher e eles começaram a namorar. Nessa época ele estava no auge da bebedeira. Eles namoraram e se casaram. Certa vez ele veio conversar comigo aborrecido porque a mulher estava enchendo sua paciência com esse negócio de bebida. Só que tem um detalhe, hoje ele bebe menos! E ela não aceita mais o fato dele beber. Só que quando eles se casaram ele bebia muito mais.

Então é o que eu falei. Não existe critério. Não existe essa análise. Ainda mais quando a pessoa está embriagada pela paixão.

Agora, a paixão acaba. E quando a paixão acaba o que que sobra?

Podem sobrar duas coisas: aversão e antipatia ou… amor.

Se existe compatibilidade, a paixão acaba e aparece o amor. O amor é mais brando.

A paixão é como uma pilha de folhas secas queimando. O fogo vai no teto. É intenso. É quente. Mas acaba rápido.

O amor é como uma tora de madeira em brasa. É mais brando, mas dura toda vida. E aquece também.

Mas quando não tem compatibilidade, a paixão acaba e o inferno começa. Porque a paixão dá um gás pra pessoa tolerar a zica da outra.

A paixão proporciona uma tolerância artificial. Quando ela termina, a pessoa não tem mais esse recurso. Aí a paciência acaba e os defeitos do outro começam a incomodar profundamente.

Por tudo isso afirmamos que aprender a escolher é tão importante!

Razão e emoção trabalhando juntas para atingir o objetivo.

Chegou o momento de você fazer sua autoanálise.

Você tem consciência dos seus critérios de seleção eliminatórios e classificatórios?

Já identificou o seu perfil de personalidade e o perfil compatível com o seu?

Vou listar alguns exemplos de critérios importantes:

  • Ser carinhoso(a) e afetuoso(a)
  • Não ser emocionalmente dependente dos pais
  • Ser trabalhador(a). Não ser acomodado, vivendo às custas do esforço alheio
  • Não fazer uso de bebida alcóolica
  • Ter um temperamento mais brando ao invés de um gênio forte
  • Não ter ciúmes doentio
  • Nível de interesse por sexo, intensidade do desejo sexual
  • Relação com o dinheiro. Gasta em excesso ou é avarento(a)
  • Ter a capacidade de dividir tarefas domésticas
  • Saber fazer a transição da vida de solteiro para o relacionamento sério
  • Maturidade comportamental
  • Ser fiel

Esses são apenas alguns exemplos das queixas mais comuns dos casais no consultório em relação aos seus cônjuges.
Faça a sua lista agora e analise bem seus candidatos, antes que seja tarde demais…

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Hayslam Nicacio

Psicólogo graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fundador do Instituto Hayslam Nicacio

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